Crianças expostas ao estresse possuem maiores suscetibilidade à depressão, mania, esquizofrenia e outros transtornos na idade adulta. Estresse vivenciado na infância, está significativamente mais associado ao início da depressão na vida adulta do que eventos estressantes recentes com depressão.
Aprender a lidar com o estresse é uma parte importante do desenvolvimento saudável. Ao sermos expostos a eventos estressantes, o sistema de resposta a este evento é ativado, o cérebro entra em um sistema de alerta, os batimentos cardíacos aumentam, a adrenalina toma conta e há um aumento dos hormônios do estresse.
Quando um adulto acolhedor apoia a criança nestes momentos e o estresse é aliviado em pouco tempo, a resposta ao estresse desacelera e o corpo rapidamente volta ao normal. Caso não se tenha um adulto acolhedor para amortecer os impactos do estresse, ou se a criança é exposta a situações severas, como abuso ou negligência continuas, a resposta ao estresse continua ativada. Por mais que não se tenha um dano físico aparente, a falta de atendimentos por parte do adulto pode ativar o sistema de resposta ao estresse. Esta ativação constante de resposta, sobrecarrega os sistemas em desenvolvimento podendo trazer consequências severas a longo prazo. Isso é conhecido como ESTRESSE TÓXICO.
Ao longo do tempo, ele resulta em uma ativação permanente de alerta. As neuroconexões das áreas de aprendizagem e raciocínio, que formam a arquitetura do cérebro, se tornam mais fracas e em menor quantidade. Esta ativação prolongada dos hormônios do estresse na primeira infância, podem reduzir as conexões neurais nessa região, em um período que as crianças deveriam estar desenvolvendo conexões novas.
O estresse tóxico pode ser evitado, se assegurarmos que o ambiente que as crianças crescem e se desenvolvem são acolhedores, estáveis e estimulantes.
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